Todas as pessoas que cumpram os requisitos de elegibilidade básicos para a dádiva de sangue podem candidatar-se a realizar uma doação: mais de 18 anos de idade, mais de 50Kg de peso e com estilos e hábitos de vida saudáveis.

Antes da dádiva de sangue é realizada uma avaliação clínica (triagem clínica) por um profissional de saúde qualificado para avaliação individual do risco das circunstâncias clínicas identificadas. Se não forem identificadas situações que possam pôr em causa a sua segurança, enquanto dador, e a segurança do recetor, enquanto doente, poderá dar sangue.

Dador de sangue é toda a pessoa que depois de aceite clinicamente doa, benevolamente e de forma voluntária, parte do seu sangue para fins terapêuticos. Após a realização de duas dádivas efetivas de sangue, é atribuído um Cartão De Dador de Sangue.

Sim. O candidato a dador é avaliado por um profissional de saúde qualificado que determina a sua elegibilidade para a dádiva de sangue, através de uma avaliação clínica e exame físico (como determinação do seu peso, hemoglobina, tensão arterial e frequência cardíaca).

Esta avaliação baseia-se nos critérios mínimos de elegibilidade e na avaliação individual do risco relacionado com comportamentos do candidato à dádiva de sangue, com vista a garantir a segurança das pessoas recetoras.

Sim. A pessoa candidata à dádiva de sangue poderá ficar suspensa por múltiplas razões. Por isso é que o consentimento informado e esclarecido para a dádiva se reveste de tanta importância, pois complementa a avaliação dos critérios de elegibilidade que asseguram a segurança do dador e do recetor, fazendo da transfusão um processo seguro.

Sim. As regras implementadas em Portugal sobre quem pode dar sangue são uma exigência da legislação europeia. Existem comissões de especialistas na área que regularmente garantem que as políticas aplicadas em todos os serviços de sangue e transplantação são baseadas na melhor evidência científica disponível.

Não. Não há qualquer possibilidade de contrair doenças através da dádiva de sangue, pois todo o material utilizado é esterilizado, descartável e utilizado uma única vez. Todos os profissionais de saúde cumprem os requisitos de Boas Práticas.

Sentir-se-á bem depois da dádiva de sangue, desde que os cuidados pré e pós dádiva sejam cumpridos.

Deve tomar o pequeno-almoço ou lanche e reforçar a ingestão de líquidos antes da dádiva de sangue. Não deve fazer uma refeição abundante previamente à dádiva de sangue. No final da dádiva de sangue deve reforçar novamente a ingestão de líquidos e fazer uma refeição ligeira.

Na dádiva são colhidos aproximadamente 450 ml de sangue que são rapidamente repostos pelo organismo. O reforço de ingestão de líquidos (água) antes e depois da dádiva é muito importante para que a reposição do volume após a dádiva seja facilitada.

Todas as recomendações ser-lhe-ão dadas pelo profissional de saúde qualificado que o acompanha durante a colheita de sangue.

Poderá voltar à sua ocupação normal. Contudo, algumas atividades profissionais requerem precauções, podendo ser necessário aguardar um período mínimo de 12 horas para reiniciar a actividade (controladores de tráfego aéreo, parquedistas, condutores de transportes públicos e veículos pesados, mergulhadores, escaladores, trabalhadores em andaimes e instalações elétricas, mineiros) ou de 24 a 72h (pilotos de aviação).

Não deve realizar actividades perigosas e desporto intenso no dia da dádiva. As viagens longas (superiores a 100 Km) devem ser realizadas após um período de repouso de pelo menos 6 horas.

A dádiva de sangue é um processo seguro, quase indolor e sem contraindicações para um adulto saudável. Algumas pessoas sentem receio para efetuar a sua primeira dádiva temendo uma a ocorrência de reação adversa, mas facilmente perdem o receio e a dádiva de sangue torna-se um processo natural e simples.

Não. A venda ou comercialização do sangue está proibida por lei. No entanto, a colheita, o processamento e os exames laboratoriais efetuados para que este possa ser transfundido, implicam custos que as instituições públicas de saúde suportam, no caso de instituições de saúde privadas esses custos são suportados pelo cliente. Isto também se aplica a auto-transfusões.

Não. Grande parte dessa informação são mitos, medos ou receios que são transmitidos por pessoas que, na maioria dos casos, nunca deu sangue. Todas informações acerca da dádiva, incluindo apelos à dádiva, são da responsabilidade do Serviço de Sangue e Medicina Transfusional do Hospital Dr. Nélio Mendonça. Em caso de dúvida, contacte-nos

Agradecemos a sua dádiva e poderá repetir sem qualquer inconveniente para a sua saúde e bem-estar. Os homens podem doar sangue de 3 em 3 meses e as mulheres de 4 em 4 meses.

Não saber o grupo sanguíneo não é impedimento para se candidatar à dádiva de sangue. Após a primeira dádiva efetiva é determinado o seu grupo sanguíneo.

Sim. Todos os grupos de sangue são necessários, mesmo aqueles que são mais comuns, pois também são os mais utilizados.

Em todas as dádivas realizam-se análise para deteção das seguintes infecções: Hepatite B, Hepatite C, HIV e Sífilis. Em situações epidemiológicas específicas podem ser necessárias análises adicionais.

O Candidato à dádiva de sangue deve formalizar o seu consentimento para a dádiva por escrito (preenchimento do consentimento informado) e deve responder com verdade, consciência e responsabilidade às questões que lhe são colocadas, tendo em vista a proteção da sua saúde (enquanto Pessoa Dadora) e da saúde da pessoa recetora/doente, preservando também a qualidade e segurança do componente doado.

Caso apresente síndrome gripal (febre, tosse e dor muscular) não se pode candidatar à dádiva de sangue. Pode candidatar-se 15 dias após a resolução clínica, se não apresentar sintomas e sem medicação.

O contacto sexual com uma nova pessoa implica um período de suspensão de 3 meses.

Poderá candidatar-se à dádiva de sangue 4 meses depois da realização de uma tatuagem ou colocação de um piercing